terça-feira, 5 de maio de 2009

Agrupamento de Escuteiros prepara "promessas"

O Agrupamento 1237 - Mondim de Basto, vai celebrar, no próximo fim-de-semana, 9 e 10 de Maio, no Alto da Senhora da Graça, as suas "promessas" anuais. Na noite de Sábado será celebrada a Velada de Armas, vigília de oração que prepara os novos escuteiros para assumirem o seu compromisso. Na manhã de Domingo, na eucaristia das 11:30h, receberão os seus lenços e insígnias. Entretanto, outros mudam de Secção de acordo com as respectivas idades e provas de mérito, passagem que é assinalada com a renovação da promessa e a troca do lenço.
Para preparar convenientemente estas importantes jornadas que anualmente se realizam e são próprias das etapas de crescimento do Agrupamento, os Lobitos (os mais jovens, de lenço amarelo) e os Exploradores (adolescentes, de lenço verde) tiveram o seu Acampamento. Foi em Vilarinho, Vilar de Ferreiros, no passado fim-de-semana. Algumas fotos deste último encontro estão no "blog" do Agrupamento.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Quarenta dias

Hoje começa a Quaresma…
Quarenta dias para um caminhar diferente,
quarenta dias para andar devagar,
para nos ensinar uma vez mais
a história sempre nova da cruz:
paixão de sangue que termina em luz.
Quarenta dias que todavia nos falam
de desprezo e agonia,
de solidão e injustiça,
de alianças impossíveis
e de mãos que se lavam;
de subornos e traições
e de tantas negociações.
Quarenta dias que, contudo, nos ensinam
que onde tudo parece perdido
é ainda possível o milagre;
onde a noite parece eterna
volta sempre a amanhecer;
onde a fé parece vencida
sempre se pode voltar a crer.
Quarenta dias para olhar a vida
D’ Aquele que foi e é a Vida.
Quarenta dias para o arrependimento,
para a busca, para o assombro.
Quarenta dias, porque são poucos,
para tratar de reencontrar o sentido
da nossa própria existência,
desafiada pelas palavras e pelos silêncios,
os gestos e os olhares;
as pegadas, os passos, os descansos,
as festas, as comidas e o jejum
de Jesus, o Cristo do amor e da ternura.
Quarenta dias para descobrir, uma vez mais,
que aquilo que começa com cinzas,
culmina em ressurreição de esperanças
e sonhos novos e horizontes de plenitude.

Gerardo Oberman

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Escuteiros de Mondim acolhem Senhora Peregrina

Chegou a vez do Agrupamento 1237 do Corpo Nacional de Escutas, de Mondim de Basto, receber a "visita" da imagem peregrina de Nossa Senhora de Fátima que desde Março de 2006 (na cerimónia de abertura das celebrações do Centenário do Escutismo Internacional), percorre todos os Agrupamentos da "Região" de Vila Real.

Boticas, foi o Agrupamento que passou o testemunho, durante a missa vespertina do III Domingo do Tempo Comum que se realizou no sábado, 24 de Janeiro de 2009.

Durante cerca de 1 mês, o Agrupamento de Mondim organizará pequenas iniciativas de oração, a propósito desta "presença" maternal, junto de crianças, adolescentes e jovens, em plena maturação.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Mensagem de Natal de D. Joaquim Gonçalves





«Natal de abaixamento e transplantes»

1- A festa do Natal vai neste ano ser celebrada no clima de uma complicada crise económica e social, pois não há festa de Deus à margem da vida dos homens, e nem o mundo terá verdadeira festa sem a vinda de Deus. Das festas cristãs, a do Natal é especialmente tecida por esse cruzamento do mistério de Deus com as realidades humanas, entrelaçando a bondade divina e as nossas aflições. Da minha parte, o Natal deste ano inclui também o facto de ser o primeiro que passo com o coração de outra pessoa em mim transplantado. Os dois factos acabam por conjugar-se nesta mensagem natalícia.
No ano transacto passei o Natal aflitivamente suspenso do ritmo instável de um coração cansado, longe da família e da diocese, vigiado em ambiente hospitalar e aquecido em casa de amigos comuns, também eles ausentes da respectiva família por amor do Menino de Belém. Pude assim fazer a experiência viva do Natal dos pobres, dependente dos cuidados de outros, do seu saber e atenção e, finalmente, do transplante de um coração anónimo que apareceu inesperadamente em Janeiro seguinte e substituiu o outro coração exausto. Fiz a experiência dramática de esperar pelo socorro de alguém desconhecido e cuja morte fica envolta na névoa dos segredos da Providência.

2- Esta experiência pode servir de parábola para ajudar a viver o mistério do Natal de Jesus e sugere a resposta à crise que vivemos.
O Natal é Alguém que «vem de longe», como diz o profeta, o «Verbo de Deus, cheio de Graça, de Vida e de Verdade», acrescenta S.João, e se faz Menino frágil, a fim de, mais tarde, poder ser transplantado para o interior de cada um e fazer surgir o homem novo. Paulo de Tarso, de quem andamos a celebrar o bimilenário do nascimento e que conheceu de perto o calor de Jesus Ressuscitado, nunca falou de Jesus Menino nem da poesia do presépio, mas refere-se à vinda de Jesus ao mundo como o primeiro «despojamento» de Deus, um acontecimento surpreendente! Paulo proclamará por toda a parte a surpresa, a necessidade e a plena compatibilidade do coração desse Menino com todos os homens e mulheres do mundo, sendo até possível falar de um «transplante» único porque, ultrapassando as leis da biologia, Paulo quer transpor para cada um dos baptizados «os mesmos sentimentos de Cristo».
Estará aí a vitória sobre a actual crise cultural, económica e social, pois ela nasceu rigorosamente da falta de sentimentos de justiça e até de respeito pelos outros.

3- Neste ano de 2008, o Natal tem de ser, portanto, um Natal de transplantes económicos, culturais e afectivos: de pão e de roupa, de dinheiro e de tecto, para famílias carecidas de quase tudo; de olhos atentos aos vizinhos que aparentam segurança mas vivem em pobreza envergonhada; de afecto paternal e maternal para crianças órfãs de pai ou de mãe; da ousadia de empresários para com os trabalhadores afectados por longo desemprego; do afecto de filhos e filhas casados para com o pai ou mãe que vive uma viuvez recente. E, ainda, de transplantes de médicos e de enfermeiros para os doentes dos hospitais; transplantes de medicamentos e paciência para quem se encontra em convalescença; transplantes do acolhimento leal para os que estão emigrados, em emigração voluntária ou emigração forçada; transplantes de diálogo e fervor do Espírito para os que vivem em comunidades religiosas de vida apostólica e contemplativa; transplantes da alegria de servir para os que exercem actividades públicas de carácter permanente; transplantes dos ventos fortes do Espírito para os que trabalham em terras missionárias; transplantes de sensatez para quem está incumbido de legislar sobre a família.
A sociedade actual tem necessidade urgente destas atitudes que, por sua vez, requerem o «abaixamento das colinas» e a «correcção das veredas», de que falou João Baptista. São transplantes de vivos, que geram viva em quem dá e em quem recebe, e ninguém é tão pobre que não tenha nada que dar, nem tão rico que não precise de nada. Um tal espírito já está a ser uma realidade no coração de muitos portugueses, como revela a recente jornada do «Banco Alimentar contra a Fome», e tornar-se á ainda maior se, além da partilha do que sobra, formos capazes de partilhar algo de que julgamos precisar. Atrevo-me até a pedir um pouco de austeridade voluntária: esse «despojamento» pessoal e familiar destruirá restos de paraísos de consumo construídos nos últimos anos, libertará de necessidades artificiais, e fará crescer o número das coisas que sobram e a alegria do Natal. E ainda que estes gestos não resolvam definitivamente a situação de ninguém, farão sentir a fecundidade do «despojamento» voluntário que prolonga o de Deus, e crescerá a esperança de um mundo em rejuvenescimento. Enchamo-nos de coragem.
Para todos os leitores, seus familiares e amigos, para todos os diocesanos de Vila Real, presentes e ausentes, os votos de um Bom, de um Santo Natal.


Vila Real, 8 de Dezembro de 2008
Joaquim Gonçalves, Bispo de Vila Real

sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Jovens agarram desafio do ecumenismo.«Alegrai-vos na Esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração» (Rm 12, 12).

Com o tema "Alegres na esperança", realiza-se a 25 de Outubro, na Quinta da Matinha, Marrazes - Leiria, o X Fórum Ecuménico Jovem. Organizam quatro Igrejas: católica, lusitana, metodista e presbiteriana.
O nosso Agrupamento de Escuteiros estará pelo quarto ano consecutivo presente neste evento. Braga, Guarda, Viana do Castelo e agora Leiria.
No ano que marca o centenário da caminhada ecuménica, jovens e outros agentes pastorais das diversas Igrejas reúnem-se pelo décimo ano consecutivo. O objectivo é a reflexão sobre os desafios do trabalho ecuménico. Sobre a mesa, estarão temas como a interculturalidade, a oikologia e a espiritualidade.
Paulo, fazendo eco das palavras de Cristo, dá o mote ao fórum: No ano que marca o centenário da caminhada ecuménica, jovens e outros agentes pastorais das diversas Igrejas reúnem-se pelo décimo ano consecutivo. O objectivo é a reflexão sobre os desafios do trabalho ecuménico. Sobre a mesa, estarão temas como a interculturalidade, a oikologia e a espiritualidade.
Paulo, fazendo eco das palavras de Cristo, dá o mote ao fórum: «Alegrai-vos na Esperança, sede pacientes na tribulação, perseverai na oração» (Rm 12, 12). Animados pela experiência dos anos anteriores, os participantes procuram uma nova oportunidade para demonstrar que é mais aquilo que os une do que o que os separa. Animados pela experiência dos anos anteriores, os participantes procuram uma nova oportunidade para demonstrar que é mais aquilo que os une do que o que os separa.
Fonte: Fátima Missionária

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

In Medio Virtus.

O Arciprestado do Baixo Tâmega dá, neste Ano Pastoral de 2008-2009, um salto qualitativo, do ponto de vista eclesial e pastoral.
Explico-me:


A) Do ponto de vista eclesial, o facto de conseguirmos chegar à elaboração de um Plano de pastoral mais abrangente, concretamente incluindo as Unidades Pastorais das três Vilas (Mondim, Cerva e Ribeira de Pena), significa que a nossa CONSCIÊNCIA ECLESIAL está mais madura, mais sólida. Na verdade, e como já está dito no texto do Padre Carlos Rodrigues, “ninguém é apóstolo sozinho”, ou seja, em Igreja não há, nem pode haver, “free lancers”, ou “franco-atiradores”, sob pena de vermos pervertida a alma e a essência da Igreja!


B) Do ponto de vista pastoral, é igualmente um avanço significativo, pois vai pondo fim ao tempo das “capelinhas” ou dos “ghetos pastorais”, ou, se quiserem, em termos mais populares, à chamada “paroquialite”... Pastoral de conjunto, em REDE, como também está dito no texto de introdução, quer nas Comunidades per si, tomadas individualmente, como pequenas porções do Povo de Deus, quer nas Unidades Pastorais ou nos Arciprestados, porções alargadas deste Povo. E, em tudo isto, muito graças à influência de S. Paulo, que este Ano Pastoral é figura de relevo, na vida e na obra missionária da Igreja. Assim, dizer que S. Paulo foi o maior dos Apóstolos de Jesus Cristo, não chega. É preciso dizer que ele continua a ser o Apóstolo dos grandes desafios, estupendamente actual, neste que é o nosso tempo, pleno de riquezas e misérias, como aliás no tempo de vida do Apóstolo.
Certamente que o leitor deste texto, chegado aqui, já se perguntou o porquê do título do mesmo: IN MEDIO VIRTUS.

Passo a explicar:

A) Na Antiguidade, Arquimedes afirmou: “Dai-me um ponto de apoio e eu levantarei o mundo!”. Ou seja, ele descobriu a importância nuclear do ponto intermédio – o tal ponto de apoio. Numa Diocese, entre aquilo a que poderíamos chamar a “cabeça”, ou “cúpula”, e a “base”,que são as Comunidades paroquiais, existe uma ESTRUTURA INTERMÉDIA, chamada Arciprestado, ou Vigararia, conforme a região do País. No Arquipélago dos Açores chama-se Ouvidoria. Ora, é esta estrutura intermédia, ou ponto de apoio, verdadeira porta de entrada e de saída, corredor obrigatório entre a “cabeça” e a “base”, e vice-versa, que está por valorizar entre nós. Os Arciprestes, ou Vigários da Vara, não podem ser meros “moços de recados”, nem o trabalho dos Arciprestados pode ser desvalorizado ou tido como de menor importância. Também aqui é necessário e urgente o trabalho em REDE. E o trabalho em REDE pressupõe o RESPEITO por todas as Pessoas, mais ou menos dotadas, assim como a VALORIZAÇÂO do esforço e do suor de todos. Porque todos somos igualmente Igreja. Quando descobrirmos e valorizarmos este “ponto de apoio”, ou estrutura intermédia, levantaremos o mundo. Ou seja, levantaremos a cabeça,
seguiremos firmes e confiantes na Missão que Jesus nos confiou: “Erguei-vos, e levantai a cabeça...”!


Padre Manuel Machado
Pároco de Atei, Mondim e Paradança

Bíblia tem espaço numa educação integral.


Nota Pastoral lança celebração da Semana da Educação Cristã.


"Responder ao desejo de Bento XVI acerca do rejuvenescimento da Igreja a partir da redescoberta da Palavra de Deus, como uma "nova primavera" portadora de um redobrado dinamismo para a missão de evangelização e promoção humana" foi o objectivo da Comissão Episcopal da Educação Cristã (CECC) ao escrever a Nota Pastoral para a Semana da Educação Cristã onde alertam "todos os envolvidos na educação" a uma "redescoberta da Palavra de Deus" enquanto informadora e formadora de "valores fundamentais".
Sob o tema da "Palavra de Deus, verdade que dá sentido à vida" a CEEC começa por realçar, no documento agora tornado público, o facto de a semana decorrer em "simultâneo com o início da XII Assembleia-Geral Ordinária do Sínodo dos Bispos e no decorrer do "Ano Paulino". Desta forma pareceu importante para os bispos portugueses recordar a importância da "Palavra de Deus" para São Paulo enquanto "nosso mestre, apóstolo e testemunha de Jesus Cristo", que "quer falar connosco hoje" para nos ensinar "a fé e a verdade, nas quais estão radicadas as razões da unidade entre os discípulos de Cristo".
Na semana Nacional da Educação Cristã, que se celebra de 5 a 12 de Outubro, os Bispos Portugueses, através da CEEC mostram-se conscientes das "transformações do mundo actual que "comportam profundas mudanças culturais" e enaltecem "o enorme avanço das descobertas científicas, o incomparável desenvolvimento técnico dela decorrente, inimaginável há poucas décadas atrás, e a crescente consciência da necessidade de assumir valores universais como a liberdade, a justiça, a solidariedade e a paz, valores tão significativos que o Santo Padre João Paulo II considerou alicerces da "civilização do amor".
Incertezas e divergências
Do mesmo modo, pode ler-se na Nota Pastoral, os bispos mostram-se preocupados pelo surgimento de muitas incertezas e divergências de opiniões sobre temas fundamentais, acentuadas por uma crescente tendência de individualismo e de subjectivismo ético" alertando para o facto de estar a ser posto em causa "o conceito de pessoa humana, o significado da verdade, o sentido da vida, do sofrimento e da morte, a distinção entre o bem e o mal, e a harmonia entre liberdade e responsabilidade". Num Mundo em constante mutação a CEEC alerta para a necessidade de haver uma "Educação, baseada em certezas e valores fundamentais, indispensáveis para que as novas gerações possam construir personalidades sólidas e descobrir um sentido profundo para a vida" uma vez que só assim "será possível corresponder aos anseios crescentes que as famílias, os professores, os jovens e a própria sociedade manifestam por uma educação formativa que não se limite a uma informação actualizada e a uma ampla transmissão de conhecimentos".
Desafios
Perante a realidade, a Comissão Episcopal da Educação Cristã propõe aos "cristãos empenhados no vasto campo da Educação" que dêem, em toda a sua actividade de educadores, "primazia à Palavra de Deus, verdade que dá sentido à vida". Os bispos alertam para o facto de "a Palavra de Deus" não ser "um depósito inerte" mas "uma palavra viva, eficaz e mais penetrante que uma espada de dois gumes".
Por entre as recomendações dos bispos a Bíblia surge como fundamental. Os bispos recomendam "aos catequistas e professores que dêem a maior atenção à Bíblia, sobretudo às Cartas de São Paulo, na preparação e na realização das sessões, recorrendo a metodologias e materiais pedagógicos adequados e atraentes, para que as crianças, os adolescente e os jovens que lhes estão confiados se sintam estimulados pela leitura, se familiarizem com a Bíblia e possam chegar a dialogar com Deus a partir dela. Mas, acima de tudo, é necessário que os educadores acreditem naquilo que ensinam e vivam de acordo com o que recomendam aos seus educandos".

Secretariado Nacional da Educação Cristã.