quinta-feira, 29 de maio de 2008

Carta para o Dia Mundial de Oração pela Santificação dos Sacerdotes


Reverendos e queridos irmãos no Sacerdócio.




Na Festa do Santíssimo Coração de Jesus, fixamos, com incessante ternura, o olhar da nossa mente e do nosso coração em Cristo, único Salvador das nossas existências e do Mundo. Pôr-se em relação com Cristo significa pôr-se em relação com aquele Rosto que cada homem, conscientemente ou não, procura como única resposta adequada à própria insuprimível sede de felicidade.
Este Rosto, nós encontrámo-l’O e, naquele dia, naquele momento, o Seu Amor feriu de tal modo o nosso coração, que não pudemos deixar de pedir incessantemente para estar na Sua Presença. “Pela manhã, Senhor, ouvis a minha voz, mal nasce o dia exponho o meu pedido e aguardo ansiosamente” (Salmo 5).
A Sagrada Liturgia conduz-nos de novo e ainda a contemplar o Mistério da Encarnação do Verbo, origem e realidade íntima desta companhia que é a Igreja: o Deus de Abraão, de Isaac e de Jacob revela-Se em Jesus Cristo. “Ninguém teria podido ver a Sua Glória, se primeiro não tivesse sido curado da humildade da carne. Foste cegado pelo pó, e com o pó foste curado: a carne tinha-te cegado, a carne cura-te” (Santo Agostinho, Comentário ao Evangelho de João, Homilia 2, 16).
Só olhando de novo para a perfeita e fascinante humanidade de Jesus Cristo, Vivo e actuante agora, que a nós Se revelou e que agora se inclina ainda sobre cada um de nós com aquele amor de total predilecção que lhe é próprio, é possível deixar que Ele ilumine e preencha o abismo de necessidade que é a nossa humanidade, na certeza da Esperança encontrada, na certeza da Misericórdia que abraça os nossos limites, ensinando-nos a perdoar tudo o que de nós próprios não nos conseguíamos sequer aperceber. “O abismo chama outro abismo no fragor das vossas cataratas” (Salmo 41).
Gostaria, por ocasião do habitual Dia de Oração pela Santificação dos Sacerdotes, que se celebra na Festa do Santíssimo Coração de Jesus, recordar a prioridade da oração em relação à acção, porque dela depende a incisividade da acção. Da relação pessoal de cada um com o Senhor Jesus depende em grande medida a missão da Igreja. Portanto, a missão deve ser alimentada pela oração: “Chegou o momento de reafirmar a importância da oração perante o activismo e a secularização dominante” (Bento XVI, Deus caritas est, 37). Não nos cansemos de haurir da Sua Misericórdia, de O deixar ver e curar as nossas chagas dolorosas do nosso pecado para ficarmos estupefactos diante do milagre, sempre novo, da nossa humanidade redimida.
Caríssimos irmãos, sejamos peritos da Misericórdia de Deus em nós e, só assim, seus instrumentos ao abraçar, de modo sempre novo, a humanidade ferida. “Cristo não nos salva da nossa humanidade, mas através dela; não nos salva do mundo mas veio ao mundo para que o mundo seja salvo por Ele (cf. Jo 3, 17)” (Bento XVI, Mensagem Urbi et Orbi, 25 de Dezembro de 2006). Por fim, somos presbíteros pelo Acto mais nobre da Misericórdia de Deus e ao mesmo tempo da Sua predilecção, o Sacramento da Ordem.
Em segundo lugar, na insuprimível e ardente sede d’Ele, a dimensão mais autêntica do nosso Sacerdócio é a súplica, a oração simples e contínua, que se aprende na oração silenciosa; ela caracterizou sempre a vida dos Santos e deve ser pedida incessantemente. Esta consciência da relação com Ele é quotidianamente submetida à purificação da prova. Todos os dias, de novo, nos apercebemos que este drama não é poupado nem sequer a nós, Ministros que agem in Persona Christi Capitis: não podemos viver um só momento na Sua presença, sem o doce anseio por reconhecê-l'O, conhecê-l’O e aderir de novo a Ele. Não cedamos à tentação de olhar para o nosso ser Sacerdotes como para um inevitável e indelegável peso, já assumido, o qual se pode cumprir “mecanicamente”, até com um programa pastoral organizado e coerente. O Sacerdócio é a vocação, o caminho, o modo através do qual Cristo nos salva, com o qual nos chamou, e nos chama agora, a viver com Ele.
A única medida adequada, face à nossa Santa Vocação, é a radicalidade. Esta total dedicação, na consciência da nossa infidelidade, só pode realizar-se como uma renovada e orante decisão que, depois, Cristo realiza dia após dia. O próprio dom do celibato sacerdotal deve ser acolhido e vivido nesta dimensão de radicalidade e de total configuração com Cristo. Qualquer outra posição em relação à realidade da relação com Ele corre o perigo de se tornar ideológica.
Também a quantidade, por vezes extraordinariamente grande, de trabalho que as condições contemporâneas de ministério exigem que enfrentemos, longe de nos desencorajar, deve estimular-nos a cuidar, com atenção ainda maior, a nossa identidade sacerdotal, a qual tem uma raiz irredutivelmente divina. Neste sentido, numa lógica oposta à do mundo, precisamente as particulares condições do ministério, devem estimular-nos a “elevar a qualidade” da nossa vida espiritual, testemunhando com mais convicção e eficácia, a nossa pertença exclusiva ao Senhor.
Para a total dedicação somos educados por Quem nos amou primeiro. “Fiz-me encontrar por quem não Me procurava. Disse: “Eis-me” a quem não pronunciava o Meu Nome”. O lugar da totalidade por excelência é a Eucaristia, porque: “na Eucaristia Jesus não “dá algo” mas dá-se a Si mesmo; Ele oferece o Seu Corpo e derrama o Seu Sangue. Desta forma doa a totalidade da Própria existência, revelando a fonte originária deste amor” (Sacramentum caritatis, 7).
Sejamos fiéis, irmãos caríssimos, à Celebração quotidiana da Santíssima Eucaristia, não só para cumprir uma tarefa pastoral ou uma exigência da comunidade que nos está confiada, mas pela necessidade pessoal absoluta que dela sentimos, como de respirar, como da luz para a nossa vida, como a única razão adequada para uma existência presbiteral completa.
O Santo Padre, na exortação apostólica pós-sinodal Sacramentum caritatis, repropõe-nos com vigor a afirmação de Santo Agostinho: “Ninguém come desta Carne sem primeiro adorá-l’A; pecaríamos se não a adorássemos” (Santo Agostinho, Enarrationes in Psalmos 98, 9). Não podemos viver, não podemos olhar para a verdade de nós próprios, sem deixarmos que Cristo olhe para nós e nos gere na Adoração Eucarística quotidiana, e o “Stabat” de Maria, “Mulher Eucarística”, sob a Cruz de Seu Filho, é o exemplo mais significativo que nos é dado da contemplação e da adoração do Sacrifício divino.
Assim como a missionariedade é intrínseca à própria natureza da Igreja, também a nossa missão é ínsita na identidade sacerdotal, e portanto a urgência missionária é uma questão de consciência de nós próprios. A nossa identidade sacerdotal é edificada e renovada dia após dia no “tempo transcorrido” com nosso Senhor. A relação com Ele, continuamente alimentada na oração perpétua, tem como consequência imediata a necessidade de tornar partícipes dela quantos nos circundam. De facto, a santidade que pedimos quotidianamente, não pode ser concebida segundo uma estéril e abstracta acepção individualista, mas é, necessariamente, a santidade de Cristo, a qual é contagiosa para todos: “O estar em comunhão com Jesus Cristo compromete-nos no Seu “ser para todos”, faz o nosso modo de ser” (Bento XVI, Spe salvi, 28).
Este “ser para todos” de Cristo realiza-se, para nós, nos Tria Munera dos quais somos revestidos pela própria natureza do Sacerdócio. Eles constituem a integridade do nosso Ministério, não são o lugar da alienação ou, pior ainda, de uma mera adaptação funcionalista da nossa pessoa, mas a expressão mais verdadeira do nosso ser de Cristo; são o lugar da relação com Ele. Para que o Povo que nos está confiado seja por nós educado, santificado e governado, não significa uma realidade que nos distrai da “nossa vida” mas é o rosto de Cristo que quotidianamente contemplamos, como para o esposo o rosto da sua amada, como para Cristo a Igreja Sua Esposa. O Povo que nos está confiado é o caminho imprescindível para a nossa santidade, isto é, o caminho no qual Cristo manifesta a Glória do Pai através de nós.
“Se a quem escandaliza um só e o mais pequenino convém que lhe seja atada ao pescoço uma pedra de moinho e seja lançado no mar [...] então aos que condenam [...] um povo inteiro o que devem sofrer e que castigo devem receber?” (São João Crisóstomo, De Sacerdotio VI, 1498). Face à consciência de tão grave tarefa e a uma responsabilidade tão grande para a nossa vida e salvação, na qual a fidelidade a Cristo coincide com a “obediência” às exigências ditadas pela redenção daquelas almas, não se deve minimamente duvidar da graça recebida. Podemos unicamente pedir para cedermos o mais possível ao Seu Amor, a fim de que Ele aja através de nós, porque deixamos que Cristo salve o mundo agindo em nós, ou então corremos o risco de atraiçoar a própria natureza da nossa vocação. A medida da dedicação, queridos irmãos, é de novo e ainda a totalidade. “Cinco pães e dois peixes” não são muito, é verdade, mas é tudo! A Graça de Deus faz de toda a nossa insuficiência, a Comunhão que sacia o Povo de Deus. Desta “total dedicação” participam especialmente os sacerdotes idosos ou doentes que, quotidianamente, exercem o ministério divino, unindo-se à paixão de Cristo e oferecendo a própria existência presbiteral, para o verdadeiro bem da Igreja e para a salvação das almas.
Por fim, fundamento imprescindível de toda a vida sacerdotal permanece a Santa Mãe de Deus. A relação com ela não pode limitar-se a uma prática devocional piedosa mas deve ser alimentada pela entrega contínua, nos braços da sempre Virgem, de toda a nossa vida, do nosso ministério na sua totalidade. Maria Santíssima reconduz-nos de novo também a nós, como a João, aos pés da Cruz do Seu Filho e nosso Senhor, para contemplar, com ela, o Amor infinito de Deus: “Veio ao mundo a nossa Vida, a Vida verdadeira; assumiu a nossa morte para a vencer com a superabundância da Sua Vida” (Santo Agostinho, Confessiones X, 12).
Deus Pai escolheu, como condição para a nossa redenção, para o cumprimento da nossa humanidade, para o Acontecimento da Encarnação do Filho, aguardar o “Fiat” de uma Virgem perante o anúncio do anjo. Cristo decidiu confiar, por assim dizer, a própria Vida à liberdade amorosa da Mãe: “Com o conceber Cristo, gerá-lo, alimentá-lo, apresentá-lo ao Pai no templo, sofrer com o seu Filho morto na Cruz, ela cooperou de modo totalmente especial para a obra do Salvador, com a obediência, a fé, a esperança e a caridade fervorosa, a fim de restabelecer a vida sobrenatural das almas. Por isso foi para nós a mãe na ordem da graça” (Lumen gentium, 61).
O Papa São Pio X afirmava: “Cada vocação sacerdotal vem do coração de Deus, mas passa através do coração de uma mãe”. Isto é verdadeiro em relação à evidente maternidade biológica mas também em relação ao “parto” de cada fidelidade à Vocação de Cristo. Não podemos prescindir de uma maternidade espiritual para a nossa vida sacerdotal: recomendemo-nos confiantes à oração de toda a Santa Mãe Igreja, à maternidade do Povo, do qual somos os pastores, mas ao qual está também confiada a nossa guarda e santidade; peçamos este apoio fundamental.
Queridos irmãos, apresenta-se a urgência de “um movimento de oração que ponha no centro a Adoração Eucarística contínua, no espaço das vinte e quatro horas, de forma que de todas as partes da terra se eleve sempre a Deus, uma oração de adoração, de agradecimento, de louvor, de pedido e reparação, com a finalidade principal de suscitar um número suficiente de santas vocações para o estado sacerdotal e, ao mesmo tempo, de acompanhar espiritualmente no nível do Corpo Místico com uma espécie de maternidade espiritual quantos já foram chamados ao sacerdócio ministerial e estão ontologicamente conformados com o único Sumo e Eterno Sacerdote, para que sirvam cada vez melhor a Ele e aos irmãos, como aqueles que, ao mesmo tempo, estão “na” Igreja mas, também “diante” da Igreja (cf. João Paulo II, Pastores dabo vobis, 16) fazendo as vezes de Cristo e, representando-o, como cabeça, pastor e esposo da Igreja” (cf. Carta da Congregação para o Clero, 8 de Dezembro de 2007).
Delineia-se, por fim, uma ulterior forma de maternidade espiritual, que acompanhou sempre silenciosamente, na história da Igreja, a eleita plêiade sacerdotal: trata-se da entrega concreta do nosso ministério a um rosto determinado, a uma alma consagrada, que seja chamada por Cristo e, portanto, escolha oferecer-se a si mesma, os sofrimentos necessários e as fadigas inevitáveis da vida, para interceder a favor da nossa existência sacerdotal, vivendo deste modo na doce presença de Cristo.
Tal maternidade, na qual se encarna o rosto amoroso de Maria, deve ser pedida na oração, porque só Deus a pode suscitar e apoiar. Não faltam exemplos admiráveis neste sentido; pensemos nas lágrimas benéficas de Santa Mónica pelo filho Agostinho, pelo qual chorou “mais do que choram as mães pela morte física dos filhos” (Santo Agostinho, Confessiones III, 11). Outro exemplo fascinante é o de Eliza Vaughan, a qual deu à luz e confiou ao Senhor treze filhos; dos oito filhos todos foram sacerdotes, e das cinco filhas, quatro foram religiosas. Dado que não é possível ser verdadeiramente mendigo diante de Cristo, maravilhosamente escondido no Mistério Eucarístico, sem saber pedir concretamente a ajuda efectiva e a oração que Ele coloca ao nosso lado, não tenhamos receio de nos confiarmos à maternidade que, certamente, o Espírito suscita para nós.
Santa Teresa do Menino Jesus, consciente da necessidade extrema de oração por todos os sacerdotes, sobretudo pelos tíbios, escreve numa carta dirigida à irmã Celina: “Vivamos para as almas, sejamos apóstolas, salvemos sobretudo as almas dos sacerdotes [...]. Rezemos, soframos por eles e, no último dia, Jesus será grato” (Santa Teresa de Lisieux, Carta 94).
Confiemos à intercessão da Virgem Santa Rainha dos Apóstolos, Mãe dulcíssima, olhando com Ela para Cristo, na contínua tensão para sermos total, radicalmente Seus; esta é a nossa identidade!
Recordemos as palavras do Santo Cura d’Ars, Padroeiro dos Párocos: “Se eu já tivesse um pé no Céu e se me viessem dizer para voltar para a terra para trabalhar pela conversão dos pecadores, voltaria de bom grado. E se para isto fosse necessário permanecer na terra até ao fim do mundo, levantando-me sempre à meia-noite, e sofresse como sofro, estaria disposto a fazê-lo de coração” (Frère Athanase, Procès de l'Ordinaire, p. 993).
O Senhor guie e proteja todos e cada um, de modo especial os doentes e os que mais sofrem, na oferenda constante da nossa vida por amor.



Cardeal Cláudio Hummes e arcebispo Mauro Piacenza
Prefeito e secretário da Congregação para o Clero

Estas crianças são todos nossos filhos








O dia Mundial da Criança recorda-nos, ciclicamente, como as crianças do século XXI vivem a mais degradada situação social de sempre. Pobres entre os pobres, frágeis entre os frágeis, silenciosos entre os silenciosos, as crianças escassamente têm a voz e o cuidado indispensáveis, pois as sociedades do conhecimento e da afluência não são capazes de lhos reconhecer nem dar. Entre a crise económica, e a ameaça constante da fome, a crise política que conduz à degradação dos sistemas educativos e a fragilização social das famílias, é difícil conceber para a educação das crianças um cenário mais complexo e comprometido.
As crianças não são adultos em miniatura nem seres desprovidos de sentimentos, sensibilidade, drama ou paixão, mas pessoas que se caracterizam por um conjunto particular e promissor de necessidades como, logo desde a vida intra-uterina, a de serem amadas. Um amor de cuidados e rotinas, de respeito e interacção é o motor mais potente do desenvolvimento infantil. Logo surge, também, a necessidade de amar, que emerge muito precocemente e se manifesta no sorriso, nas lalações, nos bracinhos que se estendem. Entretanto, desperta a necessidade de compreender, ligada à curiosidade e ao interesse em explorar o mundo, acompanhada de mil perguntas e da vontade de comunicar. Conjuntamente surge a necessidade de esperar, porque se a criança compreende que os pais a amam e a cuidam também é capaz de suportar as separações, acreditando que voltarão a reunir-se. Finalmente, surge a necessidade de acreditar, pois a criança é atraída pelo maravilhoso, pela beleza, pelos relatos fundadores da sua cultura, parte que são da sua capacidade de ser um ser espiritual.
E porque o amor é a base do desenvolvimento psicológico, social, moral, a base de sustentação da personalidade, as crianças não são apenas cidadãos de um país, nem meros membros de uma comunidade. As crianças são, sobretudo, os filhos dos seus pais. Uma sociedade evoluída e digna deveria compreender esta verdade primordial do despertar da consciência humana, verdade antiga que deve ser repensada e reconstruída à luz das sociedades contemporâneas. A barbaridade humana da exploração e da violência nunca poderá ser sanada nem corrigida se os adultos não tiverem tido, na sua infância, a garantida possibilidade de viver no contexto de uma comunidade de amor e gratuidade, de estabilidade e apreço, motivação e regras, orientação e a liberdade de se ser, apenas, pessoa. Essa comunidade existe, nas suas múltiplas modalidades, desde a aurora da humanidade. Convém, agora, que os poderes não se confundam e que limitem a sua sábia acção a defender e a garantir que as famílias terão o seu espaço de intervenção educativa junto dos filhos, sem necessidade de convencer os pais a ceder a sua influência a educadores de substituição. Nada educa melhor do que o amor inteligente.

Cristina Sá Carvalho 20/05/2008

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Dar Sentido ao Caminho

Corpo Nacional de Escutas - CNE
Vídeo , como convite a uma viagem no triénio.


http://www.youtube.com/watch?v=F9mJpZiBvz0

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Figuras da Igreja marcam plano trienal do CNE




João Paulo II, Madre Teresa de Calcutá e São Paulo serão modelos na educação das crianças e jovens escuteiros




Escuteiros cheios de vivência espiritual e testemunho da missão evangelizadora é a meta traçada pelo Chefe Nacional do Corpo Nacional de Escutas, Carlos Alberto Pereira, para o final do triénio 2008-2010.
Reunidos em Conselho Nacional Plenário, os dirigentes das secções e agrupamentos espalhados pelo país reuniram este fim de semana, preparar o plano de acção para os próximos três anos de actividades do CNE.
O próximo triénio do CNE vai ser marcado, em especial, por três figuras da vida da igreja. O ano Paulino não vai passar ao lado do CNE. Como movimento de igreja que é, “vamos valorizar esta figura enquanto caminhante”, explicou Carlos Alberto Pereira à Agência ECCLESIA. A conversão e o crescimento serão temas a abordar a partir de São Paulo.
Os valores terão também destaque na programação trienal do CNE, nomeadamente através do testemunho do Beato Nuno de Santa Maria. “Queremos reflectir sobre os valores do mundo em contraposição com os valores do Reino”, aponta o Chefe Nacional.
A caridade, através do exemplo de Madre Teresa de Calcutá, será outra referência.
Carlos Alberto Pereira sublinha que esta nova “roupagem” não irá substituir o método anterior “que continua a ter força”. Estes novos modelos serão introduzidos nas secções. Seguir os exemplos de figuras importantes da vida da igreja são um “novo enriquecimento”, para que as crianças sintam que quando “falamos de um exemplo, este é um modelo actual, do tempo de hoje”, aponta.
O Chefe Nacional destaca a importância de se basearem no concreto da vida e “não termos de recorrer ao abstracto dos primeiros cristãos, que apesar de serem um forte exemplo, estão longe”. Tanto as figuras de Madre Teresa de Calcutá, de João Paulo II e também dos Pastorinhos de Fátima, são exemplos e modelos que “jovens e crianças conhecem e aderem”.
O CNE comemora 100 anos de existência de um método educativo lançado por Baden Powell. No final do triénio, quando o CNE celebrar 103 anos, Carlos Alberto Perteira aponta que será importante reflectir se “soubemos ser fiel à missão evangelizadora e se os jovens são testemunho do que aprendem, quando estão no CNE e depois quando saem”.
A vivência testemunhal é imprescindível para o Chefe Nacional. “O compromisso de viver e dar testemunho de um ideal deve marcar tanto o CNE como todos os movimentos de Igreja”.
Carlos Alberto Pereira explica que o CNE vive nas bases, junto das crianças e dos jovens. “Registamos uma grande adesão em quantidade, mas também em qualidade”, aponta. “Os jovens vão descobrindo Cristo pelo que fazem no seu dia-a-dia, sem grandes discursos ou reflexões teológicas”, explica, evidenciando a simplicidade do método.
À medida que as crianças e os jovens crescem o seu empenho é cada vez maior. “A vontade de servir os outros sem esperar recompensa está muito presente no método experimentado pelas crianças e pelos jovens”.
Se à vontade social “que todos os jovens têm, juntarmos a ideal do Evangelho, pode fazer-se um grande trabalho”, exprime o Chefe Nacional.
No Conselho Nacional Plenário, que reúne de três em três anos, têm assento todos os dirigentes dos agrupamentos, num total de cerca de 10 mil pessoas. José Ferreira Rodrigues, Presidente da Mesa dos Conselhos Nacionais, explicou à Agência Ecclesia que o Conselho que decorreu no passado fim de semana, contou com a maior participação dos últimos cinco.
Os encargos financeiros e a disponibilidade são impedimento para uma maior representação. De qualquer forma o Presidente da Mesa assume que seria “inviável” a preparação de reuniões com uma total participação de dirigentes que existem a nível nacional.
“O mais importante é perceber a participação de dirigentes novos”, aponta José Ferreira Rodrigues, que indica que cerca de 50% do plenário é constituído por dirigentes com menos de 35 anos.


Lígia Silveira 24/05/2008

sexta-feira, 23 de maio de 2008

Senhor Jesus Cristo, realmente presente na Eucaristia, ensina-nos a adorar.



Oração do Cardeal-Patriarca na conclusão da Procissão do Corpo de Deus


Senhor Jesus,
Durante a Vossa vida terrena os Vossos discípulos pediram-Vos que os ensinásseis a orar. E a oração que lhes ensinastes, partilha da Vossa própria experiência de intimidade com o Pai, convidou-os a adorar a Deus, na fidelidade à Aliança, quando Deus Se revelou como único Deus e Salvador de Israel e proibiu o Povo que se prostrasse diante de outros deuses. Na oração que lhes ensinastes, não os convidastes a prostrarem-se diante de Deus com temor, mas a reconhecerem a Sua ternura de Pai, a reconhecerem a transcendência de quem habita no Céu e a desejarem obedecer à Vossa vontade aqui na terra, como o fazem os Anjos no Céu. Como os vossos discípulos, nós hoje, prostrados diante de Vós, sem medo e com amor, pedimo-Vos: Senhor ensina-nos a adorar, a adorar-Vos a Vós, Filho de Deus, Palavra eterna do Pai, realmente presente na Santa Eucaristia.
Que a nossa adoração seja o reconhecimento simples e sincero da Vossa presença real, da Vossa transcendência divina, do Vosso amor misericordioso, da Vossa ternura de Bom Pastor. Adoramo-Vos porque confiamos em Vós, e em Vós depositamos todo o nosso desejo de viver, todo o nosso anseio de felicidade, todo o amor com que amamos os irmãos. Adoramo-Vos porque Vós sois tudo para nós, em Vós está o segredo da nossa vida, a fonte da nossa esperança.
Que a nossa adoração seja acção de graças e louvor, pela forma simples e silenciosa com que Vos tornais presente na Vossa Igreja, sem infundir o temor da Vossa transcendência, nem sublinhar o nada da nossa fraqueza. Nesta forma de estardes realmente presente no meio de nós, sublinhastes a acessibilidade a quem Vos procura, a bondade de Quem nos ama, a paciência de Quem nos espera.
Ensinai-nos a adorar-Vos com todo o nosso ser, o nosso corpo e os seus dinamismos, o nosso espírito e os seus anseios. Que a nossa adoração seja oferta de todo o nosso ser, confiança na Vossa capacidade de o redimir, desejo de Vos conhecer e de Vos amar. Que o nosso corpo saiba encontrar, em contacto com o Vosso, a sua própria maneira de Vos amar e de Vos manifestar a nossa ternura e o nosso desejo de fidelidade, sem esquecer que a adoração que Vós preferis é a do coração, aquela dos que Vos adoram em espírito e verdade.
Ensinai-nos a adorar em silêncio para Vos escutar como Palavra do Pai: ajudai-nos a não preencher a nossa adoração com sentimentos, desejos, palavras humanas, mas a acolher a Palavra viva de Deus, aquela que Vós próprio ouvistes do Pai, e que é a Verdade e a Vida. Só essa Palavra viva gerará em nós o verdadeiro silêncio, aquele que não é apenas ausência dos ruídos humanos, mas o mergulhar do coração na apaixonante realidade da comunhão conVosco.
Ajudai-nos a fazer da nossa adoração um prolongamento da oferta eucarística, em que Vos ofereceis sempre de novo pela salvação dos homens e a que nos quisestes amorosamente associar. Que a nossa adoração seja oferta, disponibilidade para a missão, generosidade para o sacrifício, desejo de fidelidade e de santidade.
Ensinai-nos a compreender que, quando cada um de nós Vos adora, é a Igreja que Vos adora. Vós, Cabeça da Igreja, partilhastes connosco essa possibilidade de englobar toda a Igreja no nosso louvor. Que a nossa adoração seja o lugar para Vos apresentar todas as necessidades e anseios da Vossa Igreja: a fidelidade das famílias, a santidade dos sacerdotes, a fidelidade à missão, o amor pelos mais pobres, o respeito pela inocência das crianças. Que quando cada um de nós Vos adora, Vós vos sintais adorado por toda a Igreja.
Queremos aprender com Maria, Vossa e nossa Mãe, a maneira silenciosa de Vos contemplar, a solicitude para Vos acolher e Vos consolar, e a ousadia para Vos interpelar, como o fez naquela festa de casamento, em Caná da Galileia. Queremos aprender com Ela, queremos adorar sempre com Ela, pois, como Mãe da Igreja, Ela estará sempre com quem adora.
Que a nossa adoração seja experiência de intimidade conVosco, onde Vos podereis revelar para melhor Vos conhecermos.
Senhor, ensinai-nos a fazer da nossa adoração um louvor da Santíssima Trindade, a perceber, adorando-Vos, que o Pai vos ama no Espírito Santo e que Vós sois o caminho, o único caminho, que nos levará ao Pai.
Senhor, semeia no nosso coração o desejo de Vos adorar; Senhor, atrai-nos para Vós; Senhor, conduzi-nos ao Pai, na unidade amorosa do Vosso Espírito Santo.
† JOSÉ, Cardeal-Patriarca

quarta-feira, 21 de maio de 2008

O Crisma deve ajudar os jovens a fazer uma síntese e a reler toda a vida

Como de costume, a festa do Pentecostes foi celebrada na cidade da Régua, na tarde de sábado, na cidade de Chaves na manhã de Domingo e na cidade de Vila Real na tarde do Domingo, a fim de poder responder ao apelo dos párocos que solicitam a celebração do Crisma nos intervalos das visitas pastorais às paróquias. Presidiu às celebrações o bispo da diocese, D. Joaquim Gonçalves, e concelebrou o bispo coadjutor, D. Amândio José Tomás.
....Na sua homilia, o bispo diocesano fez uma catequese sobre a acção do Espírito Santo na vida dos fiéis:
«O Espírito Santo foi enviado depois da acção de Jesus para iluminar a palavra e a acção de Jesus e a acção original do Pai Criador. O Espírito, disse Jesus, não tem doutrina própria, mas fala do que é meu, recordará o que eu vos ensinei, fará passar pelo coração o que tendes na inteligência. E fará compreender que Jesus não é um filósofo, mas o Senhor; fará compreender a obra do Pai, fará compreender que a natureza é uma criação, é um dom; o Espírito fará ainda compreender que a Igreja não é uma empresa humana, mas o Povo de Deus; que o Domingo não é um feriado, mas o dia de Páscoa em cada semana; que a Família não é uma invenção humana, sujeita aos nossos caprichos, mas um plano natural do Criador e assumido por Jesus Cristo».

Ordenação de Diáconos Permanentes no Dia da Mãe: a Igreja diocesana, mais completa.

Decorreu na tarde do 1º Domingo de Maio, na Sé catedral, a cerimónia de ordenação de 2 novos Diáconos Permanentes: Dr. António de Matos, oficial de finanças e Dr. Paulo Santos, professor de Educação Moral e Religiosa, ambos com raízes familiares no concelho de Boticas.
Apesar da grande importância, este acontecimento passou sem a devida referência em muitas comunidades paroquiais.

É neste contexto que publicamos o texto da Homilia que na oportunidade proferiu Sua Ex.ª Rev.ª D. Joaquim Gonçalves, Bispo de Vila Real:


Ocorrem neste dia várias celebrações: a Ascensão do Senhor ao Céu, a Ordenação de Diáconos, o Dia da Mãe e o Dia das Comunicações Sociais. São festas diferentes mas que se interligam.

1 - Em primeiro lugar, a Ascensão de Jesus ao Céu. A Ascensão é o outro rosto da Páscoa. A Páscoa é a vitória de Jesus sobre a morte e a sua entrada na glória do Pai, duas faces do mesmo facto. No Domingo de Páscoa lembramos sobretudo o regresso de Jesus à vida, num estado diferente, mais elevada, a vida de ressuscitado; na Ascensão, sublinhamos o fim do período de quarenta dias durante os quais Jesus, sem deixar a glória do Pai onde se encontrava desde a ressurreição, apareceu aos Apóstolos, falou com eles, deixou-se tocar e deu--lhes muitas provas de que estava vivo, e encerrou esse período de aparições, «desapareceu entre as nuvens», diz o livro dos Actos. Jesus deixa de ser visível pelos sentidos. Convém recordar que, ao entrar na glória, Jesus regressa mais «rico» do que quando veio ao mundo. Ao vir ao mundo, o Verbo de Deus não tinha a natureza humana; pela Incarnação, fez-se homem verdadeiro e, nessa condição, entra na glória. Por esse motivo, a oração da Missa de hoje dizia que a Ascensão «é a nossa esperança», isto é, em Jesus ressuscitado, a natureza humana é chamada à glória celeste.Por outro lado, Jesus não abandona o mundo, como se tudo voltasse a ficar como estava antes de Ele vir ao mundo. Jesus permanece «connosco até ao fim dos tempos» ainda que de modo diferente mas real, pelo Espírito Santo, pela sua Igreja, pela Palavra, pelos Sacramentos. A Igreja continua a incarnação de Jesus, é o seu corpo, e Jesus é a cabeça desse Corpo que é a Igreja. Aqui se insere o segundo tema deste dia – a Ordenação dos Diáconos.
2 - O Diaconado é um grau do sacramento da Ordem, o terceiro grau, sendo o primeiro o Bispo e o segundo o Presbiterado. É o único sacramento que tem graus: o Episcopado e o Presbiterado conferem Sacerdócio, o Diaconado confere um serviço específico para auxiliar o bispo e o presbítero no pastoreio do Povo de Deus. O Diácono não é um padre, é um ministério diferente. O Diácono trabalha sempre em comunhão com o Bispo a quem promete obediência e com os Presbíteros, e faz parte da hierarquia da Igreja. É um clérigo, e rigorosamente devia tratar-se pelo seu nome próprio, «reverendo Diácono». Ao Diácono é confiado o ministério da pregação, mesmo a pregação solene a crentes e descrentes, a celebração solene do Baptismo, a guarda e distribuição da Eucaristia, a presidência da celebração do Matrimónio e bênção dos noivos, a presidência do rito de Exéquias. A meu lado tenho dois diáconos, um deles candidato a presbítero, e o outro que permanecerá assim, como homem casado. Os que hoje vão ser ordenados são homens casados e pais de filhos, e manterão essa condição. Por essa razão, tanto a esposa como os filhos foram consultados sobre o consentimento a dar para que o marido e pai assumisse este encargo.
3 - A terceira face desta celebração é para evocar o papel da mãe e o valor da maternidade. Quando se criou a festa, ela destinava-se sobretudo a despertar nos respectivos maridos e nos filhos a gratidão pela mulher. Mantendo essa dimensão, sinto que, hoje, o dia da Mãe deve servir para despertar na sociedade e nas mulheres casadas a alegria de serem mães e em todas as mulheres o respeito pelos filhos. Como todos sabemos, há em Portugal poucos nascimentos, doentiamente poucos. Invocam-se dificuldades na criação e educação dos filhos. Convém recordar que a criação de filhos foi, é e será sempre difícil, nunca existindo condições ideais. Os casais têm de possuir um pouco de aventura, pois ninguém tem a chave do futuro. A sociedade vem a estabelecer condições fantasistas para haver filhos, tais como garantia de conforto total e de não envelhecimento da mulher, garantia de um curso superior e de emprego para cada filho, a festa da boda numa quinta e uma conta bancária, um apartamento e um carro quando casarem. Ao colocar tão alto a fasquia, nunca será possível ter filhos. Meu Deus, quantas mulheres foram mães sem ajuda hospitalar, sem ajuda médica, sem subsídios, e, além da geração dos filhos, ainda ajudaram o marido no trabalho do campo. Quantas mulheres solteiras, enganadas, levaram sozinhas até ao fim a sua maternidade e suportaram heroicamente uma tarefa que devia ser suportada por dois! Respeitando as legítimas exigências do nosso tempo, permiti que vos diga que em muitos casos o que falta é temor de Deus, espírito de sacrifício e correcta informação. Sem se aperceberem disso, muitos casais são prisioneiros da mentalidade mundana difundida por vários «media».
Meus irmãos: Queria agradecer aos dois Diáconos a sua generosidade de, mantendo o seu matrimónio, assumirem este serviço à Igreja de Vila Real; quero agradecer às suas esposas, a Florinda e a Maria Agostinha e aos filhos o seu consentimento porque, sobretudo aos Domingos, ficarão privados de algumas horas de convívio com o seu marido e pai; quero felicitar as paróquias de origem dos ordenandos no concelho de Boticas porque as sementes cristãs ali deixadas há décadas por famílias piedosas frutificaram nestes novos tempos de modo oportuno. A nossa Diocese fica assim mais completa. A Igreja é isto que vedes aqui: o Povo de Deus de que esta assembleia é imagem e de que todos somos membros. Este Povo é governado e servido por este conjunto de homens a que chamamos hierarquia, um bispo, os presbíteros e diáconos. Durante anos só se viam bispos e presbíteros. Agora recuperou-se o diaconado como algo estável. Os leigos, que são a maioria dos cristãos, têm o seu ministério próprio na criação dos filhos e nas tarefas do mundo exercidas com espírito cristão, e prestam alguns serviços no interior da Igreja como leitores, cantores, acólitos, ministros extraordinários da comunhão, catequistas, conselheiros dos párocos na administração das paróquias. A Igreja é, portanto, um povo de ministérios, não há ninguém sem vocação. Falta-nos uma comunidade de vida religiosa contemplativa, ainda que tenhamos várias mulheres de idades diferentes em mosteiros de Braga, de Coimbra e de Lisboa.
Termino com uma referência pessoal à carta de S. Paulo: pede a Deus que «ilumine os olhos do coração de cada um». Este coração não é o dos transplantes, pois esse não vê nem ouve. O coração é aqui o interior do homem, a inteligência, o afecto, a sensibilidade, as profundidades da pessoa. É isso que vamos pedir para todos e para cada um de nós.
Joaquim Gonçalves, Bispo de Vila Real

terça-feira, 20 de maio de 2008

D. Joaquim preside a ordenações em dia grande para a Diocese.


Foi uma cerimónia com muito brilho aquela a que presidiu o Bispo titular da diocese de Vila Real, D. Joaquim Gonçalves, na tarde do passado domingo [4 de Maio de 2008]. Presente também o Bispo Coadjutor, D. Amândio, o Vigário Geral da diocese, Mons. António Fontes e o...



...Reitor do Seminário, Padre Manuel Linda, que concelebraram a Eucaristia, juntamente com outros sacerdotes. Tratou-se da cerimónia de ordenação de dois novos diáconos permanentes. São homens casados, que não poderão ser ordenados presbíteros, como salientou D. Joaquim na sua homilia. O povo vindo das diversas paróquias de onde são originários os novos diáconos, da cidade e muitos amigos e familiares enchia a Sé de Vila Real e seguiu as cerimónias com toda a atenção. O coro, constituído pelos seminaristas mais velhos, foi orientado pelo Padre António Matos, tio de um dos diáconos.Receberam o grau de diácono António Manuel da Silva Matos, de Adoufe, e Paulo Manuel Gomes dos Santos. Na sua homilia, D. Joaquim falou da importância e do carisma dos diáconos, o primeiro grau das ordens sacras. As outras são a de presbítero e bispo. Pelo facto de serem casados, os novos diáconos não poderão ascender ao sacerdócio. Os diáconos não podem celebrar a Eucaristia nem confessar. Mas podem realizar praticamente tudo o que compete a um sacerdote, tal como celebrar baptizados, casamentos e funerais e presidir a celebrações da palavra e distribuir a comunhão. Foi abordada também a Ascensão do Senhor, festa que se celebrou no domingo. D. Joaquim não esqueceu também o dia da Mãe, que se festejou também no mesmo dia. Na cerimónia realizada na Sé foram admitidos às ordens sacras os seminaristas Adão Filipe Moura, João Paulo Castanheira Pinto, Carlos Manuel Dias Ribeiro.
(c) 2008 Notícias de Vila Real.