quarta-feira, 30 de abril de 2008

29,000 km Rezando pela Unidade



O jovem Australiano Samuel Clear começou uma caminhada à volta do globo rezando pela unidade dos cristãos. 29,000 km, dos quais aproximadamente 18.000 serão percorridos a pé e ele tem apenas 29 anos.
“O que de momento estou a fazer é andar à volta do mundo à pé rezando pela unidade dos cristãos. Comecei a caminhada no Brasil em Dezembro de 2006, e cá estou em Roma. Simplesmente, caminho e rezo. E pelo caminho paro em todas as Igrejas: Ortodoxas, Pentecostais, Protestantes, Evangélicas, e convido a rezar pela unidade.”
Samuel, uma dia engenheiro mecânico, trabalhou 5 anos com a Youth Mission Team e agora conta-nos como começou sua viagem.
“Naquele tempo na Austrália eu comecei notar que havia muita divisão dentro das Igrejas, particularmente como missionário católico era seriamente agredido por não ser cristão, porque era católico.”
O jovem Clear rapidamente descobriu o que tinha de fazer:
“Um dia estava de joelhos na missa e rezava: Senhor, adoraria ajudar-te, mas desculpa lá amigo, estás por tua conta, eu não te posso ajudar. E quando finalmente me calei, quando fiz silêncio, senti o Senhor que me dizia: Sabes, Samuel, tens razão. Tu não consegues concertá-lo, mas eu consigo. Quero que rezes.”

Fonte: H2O news

Escrito por Notícias Cristo Jovem
29-Apr-2008

terça-feira, 22 de abril de 2008

D. Joaquim Gonçalves, em entrevista ao NVReal

O jornal "Notícias de Vila Real" publicou na sua edição de 22 de Abril de 2008 uma entrevista com D. Joaquim Gonçalves, por ocasião do seu regresso à Diocese e após a convalescença da delicada operação cirúrgica a que foi submetido a 12 de Janeiro de 2008 para um transplante cardíaco.
Esta entrevista parece-nos tanto mais relevante quanto é intenção do mesmo quinzenário entrevistar D. Amândio Tomás, Bispo Coadjutor, na primeira oportunidade.


D. Joaquim Gonçalves: Estado português é guloso e centralizador.

Ausente da sua diocese desde há cerca de seis meses, por motivo de doença, o bispo diocesano, Sr. D. Joaquim Gonçalves, aceitou partilhar com os leitores do Notícias de Vila Real as suas experiências recentes, ao mesmo tempo que manifestou as suas preocupações e intenções para os próximos anos.

Notícias de Vila Real (NVR): O transplante cardíaco a que foi sujeito trouxe o seu nome para a praça pública. Como foi a evolução da sua doença nos últimos meses?

Dom Joaquim Gonçalves (DJG): Comecei a sofrer do coração há 20 anos, tinha na altura 52 anos de idade. Recordo-me de procurar o Dr. José Campos, médico do Seminário, para me passar a receita de um medicamento que andava a tomar por causa da asma. Fixou-me e disse que não tinha sinais asmáticos e a falta de ar poderia ser sinal de algo mais grave e recomendou-me um cardiologista. Um ano depois dessa conversa, em 1988, fiz a primeira cirurgia às coronárias no Porto, no hospital de São João e, passados 12 anos, foi necessário repeti-la, desta vez em Gaia e pela mesma equipa que para ali se havia transferido. Desde então, um médico desse hospital acompanhou-me até ao verão passado, e há cerca de um ano, preveniu-me que o coração acusava uma degradação grave do miocárdio e das válvulas. Em Outubro passado, tentou-se um cateterismo para ver como estavam as válvulas. Não aguentei, perdi os sentidos e estive assim cinco dias. Recuperados os sentidos, o referido médico, em nome da equipa hospitalar, informou-me lue o meu caso só se resolveria com um transplante. Vi-me numa situação que nunca me tinha passado pela cabeça. Contactou-se o Centro de Cirurgia Cardiotorácica de Coimbra tendo o professor Manuel Antunes informado que no momento não tinha lista de espera e que poderia ir. Fui transferido no último dia de Outubro para fazer os exames preparatórios, que ficaram prontos no dia 12 de Novembro. Nesse dia decorreu a entrevista preparatória com o cirurgião, e aguardei na Póvoa durante uma semana o aparecimento de um coração compatível. No fim de Novembro fui viver para o Paço Episcopal de Coimbra a fim de estar mais perto do Centro de Cirurgia.
No dia 12 de Janeiro, pelas vinte e duas horas, o próprio professor telefonou-me para ir para o Centro porque tinha aparecido um coração compatível e queria falar comigo antes do transplante. Foi assim que vivi uma experiência única: saí de casa para um transplante como se fosse dar um passeio ou fazer uma simples consulta ao dentista! Quando cheguei, falei um bocado com médico e pouco antes da meia-noite entrei para o bloco operatório. O professor tinha-me informado que recuperaria plenamente os sentidos cerca de 12 horas após a cirurgia, as às 5.30h já estava no quarto e acordei. Recordo-me de perguntar à enfermeira quando era a operação. Respondeu-me que já tinha o novo coração a trabalhar mas que ia voltar a adormecer para descansar e, mais tarde, acordaria plenamente. Ainda me corda de, horas depois, tomar uma canja. Pelas 6 horas da tarde acordei sem dores nenhumas ainda que algo cansado.

NVR: Enquanto crente e bispo como viveu esta experiência?

DJG: Isso é uma zona muito delicada... [ler mais]