quarta-feira, 24 de setembro de 2008

PROGRAMA PASTORAL - Arciprestado Baixo Tâmega


Para mim, viver é Cristo”
Uma festa, tal como estamos habituados a ver, tem o seu sucesso quando é bem preparada, na medida em que cada interveniente sabe o que fazer no tempo certo, quando não há atropelos, quando ninguém ocupa a tarefa dos outros porque cada um já sabe de antemão do que se ocupar. Assim a festa tem encanto e no fim enche o coração pelo facto da sua organização e brilho.
Um ano pastoral é uma grande festa que também carece de preparação. Por isso, este Plano Pastoral que aqui se apresenta serve de auxílio a cada interveniente da “festa” para que saiba o que fazer e, também, tem como finalidade mostrar onde se quer chegar com tudo o que se possa fazer.
O nosso Romano Pontífice, Bento XVI, proclamou um ano dedicado ao Apóstolo S. Paulo para celebrar os 2000 anos do seu nascimento, para o conhecer melhor a nível intelectual e também para com ele crescermos espiritualmente através dos seus escritos.
A nossa Diocese seguindo a linha do Papa dedica este ano pastoral ao conhecimento completo de S. Paulo e ao uso correcto da Bíblia.
Querem os nossos Bispos que os cristãos se aproximem da Palavra de Deus para a conhecerem melhor e também rezarem com ela.
O Conselho Pastoral do Arciprestado também sente a necessidade de levar às pessoas das suas paróquias a Palavra de Deus. Para que tal aconteça, serve-se deste ano Paulino para conhecer quem era S. Paulo, quem passou a ser e que propostas de vida dá ainda hoje. Tem-se como objectivo contactar com a Bíblia e aprender a fazer oração com as palavras dos homens de inspiração divina.
O lema do Arciprestado será: “Para mim, viver é Cristo” (Fil 1, 21). É uma pequenina frase inspirada na carta de S. Paulo aos Filipenses, mas que tem uma carga muito grande, quer teológica quer espiritual. Este lema dá o mote a cada cristão para a vivência deste ano pastoral, o
encontro com Cristo através da sua Palavra.
O Arciprestado não lança apenas o lema, mas também propõe actividades ao longo do ano para que se possa contactar com a pessoa de S. Paulo, com as suas palavras de Inspiração Divina, para que se aproximem mais de Cristo. Os cristãos são convidados a olhar para a Bíblia e fazer uma análise da História da Salvação a partir de Jesus Cristo, centro de toda a história. Portanto, a nível do Arciprestado propõe-se o seguinte:
1- Conferências sobre S. Paulo:
a)
No Advento, tempo de preparação, tenta-se conhecer quem era, em que contexto sócio-cultural cresceu, o seu enquadramento histórico.
b) Na Quaresma, tempo penitencial e baptismal, convida-se os cristãos a olhar para S. Paulo como seguidor de Cristo, que Morreu e Ressuscitou, por isso, um modelo a seguir.
c) Na Páscoa, tempo de glória e triunfo, olhando para S. Paulo que seguiu Cristo, ver que testemunho se pode dar hoje de Cristo.
2- Revitalizar da Missão Popular nas paróquias:
– Para que cada cristão sinta na sua vida a necessidade de seguir a Palavra de Deus, para que hajam muitos e bons colaboradores, missionários, cooperadores. A missão terá como objectivo ajudar as pessoas a sentirem a evangelização como sua, a sentirem a necessidade de empenho na
paróquia, a necessidade de cooperar.
3- Adoração ao Santíssimo Sacramento:
- Que todos os dias do ano haja sempre um grupo do Arciprestado a adorar Cristo Sacramentado. Pode-se usar algumas palavras de S. Paulo para que ajude a viver a fé e a fé ajude a criar uma cultura de amor, que celebra em actos e palavras no dia-a-dia.
4- Catequese:
– Catequista e catequizandos sentirem que o trabalho catequético só termina quando se conseguir pelas suas próprias mãos evangelizar outros. Com S. Paulo, evangelizar para se trabalhar em rede, em comunidade, para a cooperação nos ministérios da Igreja.
5- Grupos do Apostolado:
- Criar a ideia de agregação de novos membros e de integração na comunidade, porque ninguém consegue fazer apostolado sozinho.
6- Jovens:
– Nas vigílias de oração e outras actividades colocar os olhos em S. Paulo e encontrar um testemunho a seguir. Um homem que se deixou apanhar por Cristo, que conseguiu colocar de lado os ideais da juventude e crescer para realidades com mais valor.
7- Dia da Bíblia:
– Ajudar os cristãos a entender que não pertencem a uma religião de um Livro, mas a uma religião que tem uma relação afectiva com a Pessoa de Jesus Cristo. Sensibilizar os cristãos a possuírem a Bíblia para leitura e não para ser guardada na estante.

De certeza que não estão aqui todas a sugestões mas estão aquelas que parecem ter mais prioridade. Contudo se conseguirmos ao longo de este ano ocupar o nosso lugar nas actividades da festa, certamente que no fim sentimos um alívio pela missão cumprida e ganhamos coragem
para entrar na festa do próximo ano.

Carlos Manuel F. Rodrigues
Pároco de Salvador, Sta. Marinha e Sto. Aleixo